
Entrevista a Rita Baptista, CHRO da Cimpor: Orgulho na história, sem se acomodar
Quando Rita Baptista integrou a Cimpor, como Chief Human Resources Officer (CHRO), encontrou uma «cultura organizacional muito forte, com orgulho na sua história e tradição, mas também com vontade de inovar e adaptar-se aos novos desafios do mercado». E foi esse o repto que abraçou: fazer uma transformação na área de Recursos Humanos, indo ao encontro das necessidades das pessoas e do negócio.
Por Ana Leonor Martins | Fotos Nuno Carrancho
Ainda é um desafio recente (menos de um ano), mas Rita Baptista tem a estratégia definida. Assenta em cinco pilares e tem guiado as prioridades de actuação: transformação cultural, atracção e retenção de talento, desenvolvimento de lideranças, digitalização dos processos de Recursos Humanos (RH), e uma comunicação interna próxima e transparente. Nesta fase, em plena gestão da mudança, que envolve desde a digitalização de processos a novas formas de trabalhar, passando pela reorganização da equipa, a CHRO admite que ainda há um maior foco em questões operacionais e não tanto estratégicas. Mas não é pelo telhado que se começa a construir uma casa…
Em Setembro, Rita Baptista assumiu a função de CHRO na Cimpor. O que mais a entusiasmou?
Cativou-me não só o grande estatuto da Cimpor – é hoje uma empresa global, que opera em 14 países em três continentes e conta com mais de 1000 colaboradores –, como também o desafio de promover uma mudança estratégica e cultural nos Recursos Humanos (RH), contribuindo para uma estratégia focada nas pessoas. Isto numa empresa cuja história se funde com a da indústria em Portugal, e que desempenha um papel fundamental no scetor, com o seu contributo e investimento na inovação e sustentabilidade. Era um desafio irrecusável.
O facto de integrar a Comissão Executiva pesou na sua decisão?
Como já tinha assumido funções idênticas antes, também pesou, sim. Acredito que a área de RH tem e terá cada vez mais um papel estratégico nas organizações. E fazer parte da Comissão Executiva mostra a importância e o impacto que a estratégia de Recursos Humanos, o crescimento e desenvolvimento das pessoas pode ter na organização e no negócio.
Que empresa encontrou?
Encontrei uma empresa com uma cultura organizacional muito forte, com grande orgulho na sua história e tradição, mas também com vontade de modernizar, inovar e adaptar-se aos novos desafios do mercado. Marcou-me perceber rapidamente que a Cimpor sabe tirar proveito de um reconhecimento de décadas para, em vez de se acomodar, procurar continuar a ser líder num mercado competitivo e em grande transformação, do ponto de vista tecnológico e ambiental.
E que desafio lhe foi proposto?
Precisamente o de fazer uma transformação na área e nos processos de Recursos Humanos, promovendo a digitalização e novas formas de trabalhar, que fossem ao encontro das necessidades das pessoas, da organização e do negócio. Tudo isto com o propósito de promover uma cultura ‘One Cimpor’, de proximidade, desenvolvimento pessoal e de carreira, de forma ágil e orientada para a solução.
Por outro lado, e em linha com as mudanças que temos vindo a observar no mercado de trabalho, o desafio passa também pela necessidade de continuar a promover um ambiente de trabalho mais colaborativo, inovador e inclusivo.
No caminho para alcançar esses objectivos, que prioridades de acção foram definidas?
Juntamente com a equipa, foi definida uma estratégia de Recursos Humanos assente em cinco grandes prioridades, que têm orientado o nosso propósito de actuação a transformação cultural, com foco na proximidade, comunicação aberta, transparente e orientada para a solução; atracção e retenção de talento, através do desenvolvimento e implementação de projectos alinhados com o nosso propósito, com, a digitalização de todo o ciclo do colaborador; a criação e crescimento da Academia de Formação; também o desenvolvimento de lideranças, com um programa transversal e contínuo, focado na capacitação e crescimento dos nossos líderes; a digitalização dos processos de RH, que já referi, que se passa na implementação de um novo sistema integrado de RH, que cobre todo o percurso do colaborador, que vai do recrutamento ao onboarding à compensação, passando pela formação: e ainda uma forte aposta numa comunicação interna próxima e transparente, que nos permita reforçar o nosso employer branding.
Leia a entrevista na íntegra na edição de Maio (nº. 173) da Human Resources, nas bancas.
Caso prefira comprar online, tem disponível a versão em papel e a versão digital.