Estudo revela quanto tempo (em média) os colaboradores dedicam à inteligência artificial generativa

O mais recente inquérito da consultora Bain & Company a decisores de grandes empresas dos Estados Unidos mostra que uma média de 160 colaboradores dedicam pelo menos parte do seu tempo à inteligência artificial generativa (IA generativa), um aumento de 30% em apenas alguns meses.

O mesmo estudo conclui que o orçamento médio anual para despesas relacionadas com IA generativa aumentou 102%, sendo agora de cerca de 10 milhões de dólares (cerca de 8,8 milhões de euros).

O estudo demonstra também o recurso crescente a esta tecnologia: 95% das empresas dos Estados Unidos já utilizam IA generativa, um aumento de 12 pontos percentuais num ano. 

A análise dos resultados parece clara: a IA generativa está a trazer benefícios. Mais de 80% dos casos reportados estão a cumprir ou superar expectativas, e quase 60% dos que estão satisfeitos com o desempenho da IA afirmam que esta tecnologia também melhorou os seus resultados comerciais. Entre as empresas que escalaram soluções de IA generativa, cerca de 90% dizem que a tecnologia atingiu ou ultrapassou os seus objectivos.

Nos inquiridos desiludidos com a tecnologia, as experiências variam entre utilizadores em fase piloto e aqueles que já estão em produção. Ambos os grupos apontam frustrações semelhantes: fraco desempenho e incompatibilidade de dados, mas as empresas na fase piloto preocupam-se mais com a reformulação de processos e o envolvimento da liderança, enquanto as que estão mais avançadas referem fornecedores de baixa qualidade, que muitas vezes são difíceis de identificar antecipadamente. À medida que os projectos escalam, as pressões internas aumentam e as questões de qualidade dos resultados ficam mais evidentes, tornando o crescimento mais difícil do que o esperado.

As preocupações com segurança e privacidade aumentaram, especialmente entre as empresas que lideram a adopção da IA generativa. Em sentido contrário, as preocupações com precisão começam a diminuir, o que sugere que as empresas estão a ganhar mais confiança nos resultados da IA generativa. As empresas nas fases iniciais de adopção estão mais preocupadas com a preparação organizacional e os obstáculos relacionados, enquanto as que estão em fases mais avançadas preocupam-se mais com segurança de dados, privacidade, qualidade e precisão.

Por fim, a escalabilidade continua a ser um desafio, com 75% das empresas a enfrentarem dificuldades para encontrar a expertise interna necessária em funções críticas.

 Esta edição do inquérito regular que Bain & Company realiza sobre Preparação para IA Generativa abrangeu executivos seniores de 199 empresas sediadas nos EUA, metade das quais com receitas de mil milhões de dólares ou mais, e 21% com receitas de seis mil milhões de dólares ou mais. A informação recolhida refere-se ao período entre Outubro de 2023 e Dezembro de 2024.

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